Na Pele de quem Emigra

Na Pele de quem Emigra

PAE: Plano de Apoio Integral ao Emigrante

A nossa TERRA está apegada a nós, tal como nós estamos apegados a ela. O sentimento é mútuo e tem uma densidade profunda, daí, as dificuldades que surgem, quando decidimos sair da nossa zona de conforto, despir-nos da nossa PELE para procurar raízes noutra TERRA, aquela que escolhemos para começar de novo ou talvez para recomeçar de outra forma.
Sentir-se bem na nossa PELE e na nossa TERRA não acontece com a frequência desejada, sobretudo, porque nos encontramos submergidos numa rotina incessante e marcada pela repetição cronométrica dos mesmos locais e acontecimentos diários: “acordar em casa, sair de casa, atender o telefone, deixar os filhos, ir para o trabalho, almoçar com os colegas, falar ao telefone, ir buscar os filhos, chegar a casa, fazer o jantar, ver televisão” e por fim, adormecer com o peso de MAIS um dia passado, apenas em função das obrigações familiares e profissionais.
No seguimento desta série de acontecimentos, se alguém decidisse pegar numa câmera para nos filmar, poderia mostrar-nos como nos tornámos nuns robots mecânicos e funcionais com olhos tristes e apagados.
Porqué? Porque deixámos de sentir na PELE: amor pela nossa TERRA, amor pela nossa PESSOA amor pela nossa FAMÍLIA, amor pelo nosso TRABALHO sentimos pelo contrário: uma dependência enorme pelo um conjunto de acessórios que nos habituámos a vestir diariamente e que nos fizeram esquecer do essencial: “Quem sou EU na realidade? Qual o meu propósito na vida? O Que é que me faz verdadeiramente feliz nesta vida? “

Começamos a olhar com lentes verdadeiras para estas questões, quando entramos numa crise pessoal, familiar ou profissional ou quando adoecemos e somos levados a olhar de frente e com coragem para aquilo que andámos a procrastinar dia após dia.

É neste momento que muitas vezes, escolhemos deixar a nossa TERRA há muito desabitada pela nossa PESSOA e optamos por conquistar outro território, com a esperança de voltar a sentir na PELE aquela sensação de leveza e de bem- estar que nos permitirá possivelmente renascer em todas as áreas da nossa vida.

Porém, como estamos bastante fragilizados pelos fardos que carregámos durante muito tempo, não temos a força necessária para seguir em frente com o nosso plano. É nesta fase que o Apoio especializado de um Psicólogo se torna fundamental. Esse apoio é continuo e transversal a todo o processo de emigração: desde à tomada de decisão, à saída do pais, entrada e adaptação ao novo território.
Permite uma planificação estratégica com objetivos a curto, médio e longo prazo (PAE: PLANO DE APOIO AO EMIGRANTE); Estabelecem-se prioridades e objetivos no intuito de concretizar a mudança de território de forma suave, organizada e focada numa gestão equilibrada das emoções.
O passo de procurar ajuda especializada também é útil para trabalhar as razões e crenças que nos levaram a emigrar, possibilitando, em simultâneo, o desenvolvimento de um sentimento de confiança e de certeza face à decisão tomada: não estamos a fugir uma vez mais de nós próprios, mas pelo contrário a dirigirmos para um destino (uma meta) que nos permitirá reencontra-mo-nos com a nossa verdadeira essência e abraçarmos com amor e alegria o nosso propósito de vida.
Durante este caminho teremos certamente tempo e sabedoria para interiorizar a seguinte afirmação: “As minhas raízes estão sempre dentro de mim, são livres e espontâneas, seja qual for o caminho que escolha percorrer. Posso então, encontrar uma TERRA longe do meu berço que me permita plantar essas RAIZES INTERNAS E COLHER NOVOS FRUTOS, SABOROSOS, DOCES E FELIZES”.
E agora sim: eu SEI, TU SABES, NOS SABEMOS que sentir-se confortável na nossa PELE não depende do Pais onde estamos radicados, mas sim, de um sentimento de plenitude interno que nos fortalece a cada dia que passa e que nos permite acreditar que a conquista dos nossos sonhos pode ser feita em qualquer parte do mundo.

E agora, conta-me! Sabes qual o teu próximo destino?

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